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A história de duas mulheres e a vida sofrida que levam ao lado do marido, a quem foram entregues pelo destino e sem outra opção, em meio a guerra civil e os anos em que o Talibã tomou conta do Afeganistão, é retratada com detalhes pelo autor, nos dando conta do que é ser mulher no Afeganistão, de como vive aquele povo e de quantos absurdos o ser humano ainda é capaz de impor em nome da Religião, em nome do poder. Há uma passagem no livro que nos leva ao Vale de Bamyan.
Segundo a Wikipédia, Bamiyan fica na rota da seda, uma rota de caravanas que ligava a China e a Índia. Como no livro, esclarece que lá havia vários mosteiros budistas e um próspero centro para religião, filosofia e arte Budista. Foi um local religioso Budista do século II, até a época da invasão Islâmica no século XIX.
Os monges dos mosteiros viviam como eremitas, em pequenas cavernas esculpidas nas laterais das rochas de Bamiyan.Esculpidos nas rochas ainda haviam as duas estátuas mais proeminentes de Buda, medindo 55 e 38 metros de altura, os maiores exemplares de Budas em pé esculpidos no mundo.
O peregrino chinês budista Hsüan-tsang viajou pela área por volta de 630 d.C. e descreveu Bamiyan como um florescente centro Budista "com mais de dez mosteiros e mais de mil monges". Ele destacou que ambas as estátuas do Buda estavam "decoradas com ouro e pedras preciosas".
Em Março de 2001, por ordem do governo fundamentalista taliban, foram destruídas as gigantescas estátuas dos Budas de Bamiyan - a maior das quais tinha 53 metros de altura e era o buda mais alto do mundo - que haviam sido escavadas em nichos na rocha, por volta do século V. Embora as figuras dos dois Budas gigantes estejam quase completamente destruídas, os seus contornos e algumas feições são ainda reconhecíveis entre os restos. É também possível, ainda, explorar as cavernas dos monges e as passagens que as ligam. Como parte do esforço internacional para reconstruir o Afeganistão depois da guerra do Taliban, o governo do Japão comprometeu-se a reconstruir os dois Budas gigantes.